A adolescência caracteriza-se pelas grandes transformações, tanto fisiológicas quanto psicológicas no indivíduo. A influência da sociedade e da mídia tem significativa importância nesse período.
Em épocas quando o estereótipo de corpo prevalece pessoas extremamente magras, como modelos e artistas, não só adolescentes, mas qualquer indivíduo mal informado, pode cometer gravíssimos erros na hora de planejar uma dieta sem acompanhamento profissional adequado.
Um estudo realizado em São Caetano do Sul, SP, em 2000, teve como objetivo conhecer os padrões de consumo alimentar de nutrientes e determinar os estágios de comportamento em relação à atividade física em uma população de adolescentes, bem como características antropométricas segundo a auto-percepção da aparência corporal.
Os profissionais avaliaram 28 adolescentes do sexo feminino, com idade entre 14 e 17 anos. A amostra foi dividida em três grupos de acordo com a auto-avaliação da aparência corporal, determinada mediante um questionário contendo uma pergunta fechada em que a adolescente era questionada sobre como percebia sua aparência, com as seguintes opções: se acham gordas; se acham com peso normal ou se acham magras. O consumo alimentar dessas adolescentes foi avaliado mediante um questionário, observando quatro dias consecutivos, dois durante a semana e dois durante o final de semana.
Nesse estudo, os profissionais concluíram que o conhecimento sobre hábitos de saúde não se reflete no comportamento alimentar e de atividade física, já que as adolescentes apresentaram inadequações dietéticas e eram inativas, apesar da atitude de achar importantes os hábitos de saúde. A auto-percepção da aparência corporal parece influenciar o consumo alimentar de forma negativa. Os achados deste estudo mostram a necessidade de programas de educação alimentar e promoção da atividade física direcionados às adolescentes como forma de auxiliar na prevenção de agravos à saúde como o sedentarismo e a inadequação alimentar.
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