Dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) de 2009 revelam que 13% da população adolescente de 10 a 19 anos está com sobrepeso e 3% com obesidade.
Para acompanhar o crescimento e desenvolvimento de adolescentes, a Área Técnica de Saúde do Adolescente e Jovem criou a Caderneta de Saúde do Adolescente, que está sendo distribuída esse ano em 513 municípios. Como a caderneta começou a ser implantada em 2009, ainda não foi possível obter os dados da população acompanhada.
A Área Técnica, no entanto, alerta para os dados coletados pelo SISVAN: “Os percentuais preocupam, pois essa população está em pleno crescimento e desenvolvimento e estaria sendo acometida mais cedo por problemas que atingem os mais velhos e trazem sérios prejuízos à saúde”, afirma a técnica Juliana Silva. Segundo artigos científicos, no máximo 1% da população adolescente poderia estar obesa, em virtude de desordens genéticas.
O sobrepeso e a obesidade na adolescência têm sido relacionados como fatores de risco para doenças cardiovasculares, estando também associados a maiores prevalências de outras doenças na fase adulta. Em mulheres, há a possibilidade do desenvolvimento da artrite. Em homens, poderá causar gota e câncer do colo-retal, bem como interfere na otimização de outros males diversos em ambos os sexos, causando, inclusive, a mortalidade. Somando-se aos dados supra mencionados, estudos em países desenvolvidos sugerem que adolescentes obesos apresentam desvantagens socioeconômicas na vida adulta.
Estudos demonstram outro fator bastante alarmante; estar acima do peso deixa o adolescente mais vulnerável a sintomas depressivos. A constatação é de uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Enquanto os sinais da depressão atingem 80% dos jovens com excesso de peso, a porcentagem é de 21,7% para os que estão com o peso normal. Ainda não se sabe o que ocorre primeiro, a depressão ou a obesidade.
Não se pode esquecer que a preocupação excessiva com o corpo nesta fase da vida está em alta, por isso muitos adolescentes fazem regimes malucos, causando sérias conseqüências.
Visto assim, o tratamento da obesidade, tanto na adolescência quanto na infância, bem como na idade adulta deve ser multiprofissional, aliando nutrição, medicina e atividade física. A nutrição tem papel fundamental no tratamento, uma vez que esta transmitirá orientações para melhorar a qualidade da alimentação desta faixa populacional.
Dicas para não atingir a obesidade
1) Fixe os horários das refeições, pois evita o consumo de lanches e guloseimas fora de hora;
2) Pratique esporte ou atividades físicas;
3) Procure a ajuda de multiprofissionais como: médicos, nutricionistas, psicólogos e orientadores de atividades físicas;
4) Evite o consumo de refrigerantes, doces e outras guloseimas;
5) Não faça regimes malucos. Acredite, isso não resolve.
OBESIDADE NA ADOLESCÊNCIA: UNS QUILINHOS A MAIS HOJE. UNS ANOS A MENOS NO FUTURO.
OBESIDADE NA ADOLESCÊNCIA: UNS QUILINHOS A MAIS HOJE. UNS ANOS A MENOS NO FUTURO.
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